quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Cordeiro - Evangelho segundo Biff, o brother de infância de Cristo

Cordeiro, O
A capa já diz tudo, “O Cordeiro” não é um livro feito para cristãos fanáticos. A infância de Cristo pela visão de Cristopher Moore rende muitas gargalhadas e uma leitura de agradável a olhos nada cristãos.

 Do que eu me lembro, passei pela Ordem da Fênix, que tem lá suas 610 páginas, duas vezes. Digo isso porque quando peguei pela primeira vez o livro “O Cordeiro” de Christopher Moore, logo imaginei que não terminaria por ser um tijolo de 560 páginas. Me enganei.

Na obra-piada encontramos Biff, o melhor amigo de Jesus Cristo na infância, que é ressucitado nos dias atuais para escrever um novo evangelho sobre a infância de Cristo, assunto do qual Moore resolveu usar como temática para sua obra com detalhes que não foram narrados pela Sagrada Escritura. Ao aventurar-se em busca das respostas de como ser o Messias, Jesus, que é chamado de Josué no livro, junto de Biff vão ao encontro dos três reis magos, e aprendem as mais diversas doutrinas em um mundo cheio de aventuras.

O grande acerto de Moore, que iniciou o oficio de escritor aos 6 anos, foi criar uma história inventada por ele, sem intenções de atingir nenhuma entidade religiosa. Seu objetivo foi apenas preencher a lacuna existente entre o nascimento e crucifixação. Ousada foi a ideia de utilizar um dos homens mais fluentes da história da humanidade.

Muita pesquisa foi feita para que o livro fosse terminado, e é nitída a presença da intertextualidade dos outros evangelhos. E a mágica que Moore usou foi colocar eventos tão sérios em narrativas engraçadas. E digo para você que se pretende aprender algo com “O Cordeiro”, lamento informar, mas o livro não passa se simples descontração. O próprio autor já diz isso:

[Este] livro [...] é uma história. Eu a inventei. Ela não foi planejada para mudar as crenças ou a visão de mundo de ninguém, a não ser que depois de ler você decida ser mais afável com seus camaradas humanos (o que é legal), ou então decida que realmente adoraria tentar ensinar ioga a um elefante, e nesse caso, por favor, filme.

“O Cordeiro – o Evangelho segundo Biff, o brother de infância de Cristo” é um livro que renderá com toda certeza muitas risadas, pois a escrita é de forma tão simples que na maioria da vezes parece que você está no deserto, ou seja lá onde for, mas deixará ainda mais uma lacuna maior no que diz respeito à infância do Salvador. E como fiz com o bruxo, provavelmente farei com a aventura de Biff e Josué.

Ludopédios da vida

Já ouviram falar em ludopédio?
Talvez o meu avô levava meu pai para ver partidas de ludopédio. Ou até meu pai jogava o tal do ludopédio.

Tá, mas balípodo você com certeza já ouviu ou leu em algum lugar. Não? E pebol? Pedibola? Bodabolismo? Nada?

Pois bem...

"O nome que pegou por aqui foi futebol, mas no início do século passado o filólogo Antônio de Castro Lopes tentou emplacar uma versão "traduzida" do vocábulo, chamando o esporte bretão trazido por Charles Miller ao Brasil de ludopédio. Não pegou, assim como todas as outras versões aportuguesadas, como pebol, balípodo, pedibola e bodabolismo" (Folha de S. Paulo, 11/09/2009)

Essa língua portuguesa! Ubíqua, e mesmo assim enigmática.

domingo, 5 de junho de 2011

Beirut, Bukowski e a Banda mais...

Tá, eu sei que já é batido, mas está tudo quanto é lugar. Não precisa nem digitar no Google. Basta abrir qualquer site de música, entretenimento e até de notícias, e estará lá uma informação, uma linha ou até o link para o vídeo sucesso de A Banda Mais Bonita da Cidade.

A música “Oração”, gravada em plano-sequência, virou hit na internet com mais de milhões de visualizações, e acho que deve estar aumentando nesta hora. Eu devo ter visto umas trinta vezes.

Dia 9 é dia de show aqui em Curitiba, e os ingressos… não consegui nem ver a cor. Eu gostei muito.  Vi, revi, rerevi e quando me bate aquela solidão vou lá e vejo mais uma vez, até porque não tem como não se empolgar com o momento em que todos estão cantando euforicamente. E é no momento final, que, como diz Zeca Camargo, a tristeza bate, por você sentir aquela “sensação de que você perdeu alguma coisa por não participar dela!”. Ela, no caso, a oração. E bastou ver apenas uma vez para que eu saísse cantando a música. E o pior, muitos até já me acompanhavam.

O nome da banda, pelo que li e vi por aí, surgiu do nome do conto do Bukowski “A mais linda mulher da cidade”. Mas, é claro que a música deles está longe de ter inspiração no tão fanfarrão e velho safado. Influência mesmo a banda tem é de Beirut. E aí está o vídeo para verem, compararem, adorarem ainda mais a banda, ou odiarem, e até mesmo virarem fãs de Beirut.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sherlock Holmes

Uma das melhores falas de Sherlock Holmes. Trata-se de um trecho do conto "A aventura da caixa de papelão", onde Holmes precisa solucionar o caso de um misterioso pacote que é entregue na casa de uma senhora contendo uma caixa de papelão cheia de sal grosso e duas orelhas humanas. A Scott Yard, ao ver que não consegue solucionar o caso, pede ajuda a Holmes.

" - E o criminoso?
Holmes escreveu algumas palavras nas costas de um de seus cartões de visita e jogou-o para Lestrade.
- O nome é esse - afirmou. - Mas você não pode prendê-lo antes da noite de amanhã, no mínimo. Eu gostaria que você não mencionasse meu nome em absoluto, não em conexão com este caso, porque eu prefiro que meu nome seja associado àqueles crimes cuja solução apresente alguma dificuldade. Vamos embora, Watson. "

Adendo: o caso era muito complexo.
Aqui vai o link para o conto completo
http://sites.google.com/site/mundosherlock2/arthurconandoyle-acaixadepapelao

Leiam Holmes, vale a pena.