quinta-feira, 12 de maio de 2011

Frank

Olá traças!

É comum iniciarmos uma leitura e não terminar, como também é comum ler mais de um livro. No momento estou lendo 3. A questão é que acabam surgindo possibilidades e vamos agregando mais e mais leituras. O complicado é quando não se conclui nenhuma das leituras. Mas, por fim, estou lendo "Frankenstein" de Mary Shelley, "Ereções, Ejaculações e Exibicionismos - Parte I", de Charles Bukowski e "Memórias de Sherlock Holmes" de Artur Conan Doyle. 

Escreverei sobre cada um ao longo das minhas leituras, começando hoje por "Frankenstein". E a propósito, ao contrário do que muitos pensam, Frank (escreverei assim porque o nome completo é muito chato de escrever) é na verdade o nome do doutor que cria a horrenda criatura, Vitor Frankenstein. 

Nem preciso entrar em detalhes sobre a história, uma vez que ela é conhecida mundialmente. Mas trata-se daquela relação entre criador e criatura, e principalmente sobre o conhecimento científico. Entretanto, escrevo esse post para comentar sobre a concepção do romance, até porque ainda não o li por inteiro para realizar alguma crítica ou comentários em relação à trama. 

Começo falando de Mary Shelley, mulher do poeta Percy Bysshe Shelley. A famosa história surgiu após ela ter sonhado com o "horrível espectro de um homem estendido , que sob a ação de alguma máquina poderosa, mostrava sinais de vida e se agitava com um movimento meio-vivo desajeitado" (retirado da Introdução da Autora, na edição LP&M Pocket, 2009, p. 9). Essa foi a visão que teve para dar viva a sua criação.

"Cada um de nós vai escrever uma estória de fantasmas". Essas foram as palavras de Lord Byron ao propor uma espécie de concurso de contos, numa época de chuvas incessantes de um verão desagradável. E lá estavam Mary, seu marido Percy, e Byron. Do resultado dessa brincadeira, surgiu um conto que Lord Byron colocou no final de seu poema Mazeppa, e outro conto baseado nas experiências de vida de Percy Shelley, e claro, a famosa narrativa de Frankenstein. 

Mary queria escrever algo que despertasse horror e ao mesmo tempo se rivaliza-se com as outras histórias do gênero. E pensando em seu sonho, imaginou que o que a havia aterrorizado, certamente encheria de horror os outros. E assim, mandou para as páginas a história que se tornaria um dos maiores clássicos de terror da literatura. 

Como disse, ainda não terminei de lê-lo, mas para os fãs do gênero, "Frankenstein" é leitura obrigatória.